segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Essa tal de nostalgia

Ganhei uma tal de Olivetti, uma máquina de escrever que foi usada por "gerações" na minha família. Meu tio aprendeu a datilografar nela, assim como minha mãe. Quando peguei a máquina minha mãe me contou como foi usá-la, as primeiras aulas de datilografia, o concurso no Banco, e por fim a extinção da máquina. O que me chamou a atenção foi o sorriso dela ao contar essa saga de forma tão nostálgica, afinal foi ai que ela decidiu largar as jornadas de 8 horas diárias atrás de uma mesa e ir dar aula.

A nostalgia é o ato de escolher as melhores lembranças do seu passado e fazer delas uma referência, sublimando todo o resto. Acredito na nostalgia, mas espero não ter que usar a frase "...no meu tempo era melhor!". Me perdoem os historiadores, mas a vida em função do passado não pode existir, o vazio cronológico é a pior maldição quando se tem acesso a todas as eras. Vivo o aqui e agora, as vezes me pego olhando para trás comemorando ou só lembrando. Passando ou não pela nostalgia, a saudade tem gosto. Saboreada em um desenho, um super nintendo ou na Olivetti.

3 comentários:

  1. ‎"O Passado é história. O Futuro é mistério. O hoje é uma dádiva, por isso se chama Presente." (Kung Fu Panda). Abraço, Caião; saudade de você cara.

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